EFT para superar traumas

EFT para superar traumas

Propor um artigo sobre trauma não é algo simples. Dentre tantas questões as quais podemos utilizar o EFT como parte do tratamento, chegar até o evento origem de uma situação de tamanha carga emocional, talvez seja a mais delicada. Por isso, logo de começo indicamos que para um tratamento adequado, procure um terapeuta capacitado em EFT para superar traumas.

Longe de querer assustar. A intenção aqui é acolher. Abraçar bem quentinho para que a pessoa se sinta segura. Mas como já sabemos, o EFT é extremamente generoso e dá acesso a portas do inconsciente. Afinal, é uma técnica de liberação emocional. De forma que às vezes a pessoa não dá conta sozinha de revisitar toda aquela situação que causou o trauma e se sente ainda mais fragilizada.

Então, o que é um trauma?

De forma simplista podemos dizer que trauma é o resultado de passar por uma situação inesperada de intensa descarga emocional. Porém, o que causa o trauma não é o evento em si, mas como a pessoa reage a tal acontecimento.

Por exemplo: há pessoas que sofrem um assalto a mão armada na porta de casa. Ao chegar em seu lar, lugar de segurança e aconchego, e é abordada por ladrões. Há quem respire fundo, se assuste, mas a vida segue no dia seguinte. No entanto há pessoas que se desesperam, querem mudar de cidade, ou param de sair de casa por conta do medo. 

Contudo há traumas que são construídos, ou seja, situações problemas que vão se somando até o ponto da pessoa sofrer muito, mas não consegue identificar a causa já que não houve um evento pontual. Para ilustrar, podemos citar pessoas que começam a ter medo de dirigir por conta do excesso de trânsito, ou trabalhar em ambiente estressante ou ainda viver um relacionamento abusivo.

Mas como sei que se trata de um trauma?

Nossa intenção neste artigo não é o autodiagnóstico, apenas apontamentos para que você se conheça melhor. Porém, caso seja o que você está procurando, indicamos que comece um tratamento com terapeuta capacitado em EFT.

Desta forma, é bacana dizer que nem todo mundo tem consciência de que o que está passando é resultado de uma situação traumática. Como falar da saúde mental e emocional ainda é um assunto tabu em muitos lares, conversar sobre essas dores é feito a portas fechadas. Então muita gente sofre em silêncio. E sofre muito! 

Porque os estágios de uma situação traumática podem ser descritos, de forma muito resumida, como uma sequência de acontecimentos. 

– Primeiro a pessoa passa por um evento inesperado de intensa carga emocional;

– Depois, ela absorve esse impacto de forma equivocada. Tanto pelo cérebro, como pelo corpo e as emoções distorcidas, gerando crenças negativas;

– Para lidar com essas crenças, a pessoa assume hábitos e compromissos pessoais que mudam sua forma de encarar a vida;

– Como resultado final, há dificuldade em seguir vivendo de forma confiante e positiva.

Para ilustrar, imagine que a pessoa enfrente todos os dias um trajeto de 2 horas de transito intenso para ir ao trabalho e mais 2 horas para voltar. Por dia são 4 horas de fumaça, barulho, estresse, gente atravessando fora da faixa, motoristas mal educados, entre outras situações que exigem do motorista extrema atenção. Por semana são 20 horas. 

Desta forma aos finais de semana a pessoa passa a evitar ao máximo transitar pelo mesmo caminho do trabalho. Também opta por serviços em que as pessoas façam as coisas por ela, como comida delivery, pagamentos online, dog taxi e outros que a liberem de sair de casa. Passa a dar desculpas para evitar dirigir, como cancelar o chopp com os amigos ou deixar de ir à festa de aniversário do tio porque é muito longe. Entre outros. Criando assim uma distância, quase uma fuga, do ato de dirigir e do trânsito. 

E como posso usar o EFT para superar traumas?

Sem dúvidas o EFT é uma técnica poderosa para superar traumas. É sabido quanto a sua eficácia nos tratamentos mais delicados e sensíveis, inclusive em casos de violência sexual, como forma de superar traumas. (Tema abordado inclusive neste vídeo por Margareth Signorelli: https://www.youtube.com/watch?v=o1aU0EsKtSw ).

Porém, como nem todo paciente que chega ao consultório sabe efetivamente se o seu problema é decorrente de um episódio traumático, o diagnóstico é feito aos poucos. Há sim, claro, pessoas que tem consciência de que suas limitações surgiram depois de algum evento pontual. Mas como já colocamos, não é todo mundo.

Assim, a cada rodada de EFT que o terapeuta for desenvolvendo sobre um problema pontual é possível descer uma camada mais profunda para se entrar em contato com a origem da questão. Porque o EFT traz memórias, revela sentimentos guardados. 

Por isso, não raro se descobre casos de violência infantil que, agora adultos, as pessoas nem tinham ideia do que sofreram. E se tinham, não imaginaram que aquela situação lhe causaram traumas tão intensos que desencadearam uma série de crenças e comportamentos tão problemáticos que interferem em sua vida mesmo depois de 30, 40 anos. 

Desta forma, como são as sessões?

A cada encontro, o terapeuta EFT começa pedindo ao paciente que entre em contato com as suas emoções e depois se concentre na questão que deseja trabalhar. É importante permitir sentir da forma mais transparente possível tudo o que estiver incomodando. Se for uma dor, se for uma emoção, tudo o que expressar é válido no tratamento terapêutico. 

As perguntas clássicas são: 

– O que você sente quando toca no assunto? (Emoções)

– Aonde no seu corpo essa emoção se manifesta? (Dor ou incômodo físico)

– De 0 até 10, quanto essa situação incomoda você? (Intensidade)

E a partir dessas informações o terapeuta EFT começa a desenvolver o trabalho de estímulo dos 9 pontos energéticos aliviando os nós emocionais. A partir desse processo, possibilita que as emoções comecem a fluir de forma natural e as crenças sejam desfeitas ou reorganizadas. 

Entretanto, em cada sessão de EFT para superar traumas são feitas algumas rodadas. Dependendo do caso, mais de uma sessão se fará necessário. Lembrando que cada paciente é único, cada situação é uma situação. Quem vai avaliar as necessidades é o terapeuta e quem decide se dará continuidade ao tratamento, ou não, é o paciente.

 

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