Na dúvida, Beije!

Na dúvida, Beije!

Há algum tempo estive ensaiando para falar sobre esse tema e quando assisti o filme Divã para dois, com Meryl Streep e Tommy Lee Jones, senti que havia chegado a hora.

O que percebo que tem acontecido com os mais jovens, entre 20 e 30 anos, é que eles vão para a balada e saem beijando várias pessoas e, quando acaba a noite, nem conseguem contar com quantos trocaram saliva. O toque se tornou banal e sem sentido, perdendo a informação e até deixando a libido “meio sem julgamento” pois, se os beijos tivessem despertado algo mais, não trocariam de lábios com tanta frequência. Não estou julgando, mas sim observando.

Por outro lado, tenho notado que após os 30 e principalmente depois de um casamento desfeito, as pessoas têm ficado cheias de medo, cicatrizes e, às vezes, com tantas exigências que o próprio julgamento fica confuso na hora de tomar decisões. Tenho pensado e muitas vezes incentivado meus clientes a darem uma chance para que uma pequena chama ou faísca surja da possibilidade de um “toque” entre os dois.

Algumas vezes ouço “Conversamos por horas, mas fisicamente ele não me atrai em nada”, “Ela tem um papo muito legal, me sinto a vontade ao seu lado, mas não vai rolar, eu só gosto de morenas”. Costumo incentivar o “toque” quando os dois fazem uma conexão de amizade, de companheirismo. Quando se sentem a vontade juntos para falar qualquer assunto que lhes venha a cabeça. Às vezes as exigências são tantas que as pessoas não percebem que já criaram o vinculo mais difícil de ser criado, o da amizade. Nesse ponto eu digo “Na dúvida, BEIJE”.

O que aconteceu com o casal do filme foi que o que os dois perderam com os anos de convivência, esse “toque”. Sem ele, acabaram se perdendo um ao outro. O amor sem o “toque” não consegue se manifestar de uma forma prazerosa, confundindo nossos sentimentos e julgamentos.

Então vai minha dica: se você formou uma relação de amizade e não sente o tempo passar ao lado desta pessoa, dê a chance de uma pequena faísca se manifestar e talvez acender a chama de um grande amor. Na dúvida, BEIJE.

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